3.4.10

Esperança

Saúdo-te, Esperança, tu que vens de longe, inundas com teu canto os tristes corações, tu que dás novas asas aos sonhos mais antigos, tu que nos enches a alma de brancas ilusões.

Saúdo-te, Esperança. Tu forjarás os sonhos naquelas solitárias desenganadas vidas, carentes do possível de um futuro risonho, naquelas que inda sangram as recentes feridas.

Ao teu sopro divino fugirão as dores como tímido bando de ninho despojado, e uma aurora radiante, com suas velas cores, anunciará às almas que o amor é chegado. 

Pablo Neruda

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