1.10.06

Construa o abstrato

A cidadania se faz necessária! A cidadania se faz urgente! Não é necessário comprar manuais ou pesquisar sabedorias avançadas! A cidadania se faz enlouquecedora quando conhecida. E nesse estado de enlouquecimento você se conhece e se observa imerso na ideologia densa e angustiante. Tome-se e observe o que de fato te pertence. Cuspa o agente limitador e ilimite a vida.
A cidadania não se faz na ajuda financeira e nem na aceitação de uma verdade que é em si fechada. A cidadania não é o câncer social que impreguina povos e mentes. Não queremos as massas, pois essas partem do rebanho. Não somos rebanho. Somos o ilimitado, somos o poder político enquanto negação de todos os grilhões desse mundo hierárquico e canceroso. A cidadania é o poder. É o agente histórico em perfeita consciência de si e para si.
Não nos fechemos nas ideologias do inimigo para destruí-las e só então construirmos o novo. Façamos do homem o reflexo da história e façamos da história a vida que resplandece a razão.

Vamos abstrair para construir, vamos negar a massa densa e doente da sociedade, vamos compreender o leve pensar da existência e viver o amor. A cidadania é o amor pela sociedade e a escolha daquilo que reflete nosso mais íntimo desejo do ser. Construiremos o abstrato, construiremos a vida política tomando-a para todos. Tiremos essa política das mãos de mentirosos e ignorantes, seres densos como o pó. Não mais admitamos a mentira, não mais admitamos a maldição.

Aja! Faça o que lhe cabe! Apenas aja! No seu trabalho, na escola, no bairro, com seu íntimo e com seu espírito! Faça o que lhe cabe da forma que souber. Semeie o bem, lute pela justiça, lute pelo bem social e faça-o! Não admita a maldade e nem o prejuízo do todo social. Lute com sabedoria, lute com amor! Amor inclusive pelo inimigo, pois esse, recebe esse nome de forma política e apenas por questão de elucidação do momento. O inimigo na verdade é você frente ao espelho, frente ao eu. O inimigo em si não existe, mas apenas o objeto de sua cidadania. A cidadania nesse momento se faz como o agente construtor do abstrato.

Esse é o meio! Ame! Construa! O abstrato é urgente em meio à matéria sufocante! O pensamento aguarda seu momento e a matéria implora desesperadamente um pouco mais de tempo, mas o tempo é sua droga, é seu alucinógeno... O tempo traz em si a sua própria morte e a matéria, presa à morte, torna-se lembrança do abstrato.
A cidadania clama! Não espere que façam por você. Faça junto! Chame a todos! A festa está acontecendo e precisa de muitos convidados. A vida pede sua autonomia para se fazer presente. Ajude, opine e transforme o mundo. Não se envergonhe e não pense que existe um único caminho, pois todos eles levam à Verdade. Até mesmo os piores e mais longos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa... Que viagem! :P rsrs...
Gostei, muito bom!
Beijo!