4.4.10

Ocidente, Oriente e a Nova Fé

A humanidade evoluiu apoiada em dupla base no que diz respeito a construções de valores espirituais. Por um lado, vemos um ocidente racional, apoiado nos sentidos materiais, que deu margem a uma polarização cética em termos de espiritualidade. Na outra face, encontramos a subjetividade sensível oriental, que construiu seu conhecimento espiritual sobre bases intuitivas, propiciando uma fé pouco compreendida na qual a prioridade é sentir por si mesmo. Durante milênios tais crenças nos pareceram contraditórias, de impossível reconciliação. Mas é no alvorecer deste milênio que tais correntes estabelecem seus primeiros diálogos. A humanidade começa a amadurecer espiritualmente a ponto de sentir e de compreender o que sente. A Doutrina Espírita traz valores essenciais para tal entendimento, no entanto, também não é ela a fonte sublime da verdade. Muito longe estamos de compreender verdades. A fé e o raciocínio haverão de efetivar novas aquisições em conjunto, e é a partir desta concepção e do respeito a todas as formas de crer que a humanidade será promovida à nova compreensão existencial (Pelo espírito Castro em Nas Brumas da Mente, de Rafael de Figueiredo, ditado por François Rabelais. Catanduva, SP: Instituto Beneficente Boa Nova, 2008).

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