13.1.06

Conhecimentos pobres em antropologia social e psicologia geram pensamentos do tipo...

O homem é um ser natural... Mas o que mais buscou fazer ao longo da história foi negar essa condição. A cultura atual prega a individualidade em apenas alguns aspectos, como por exemplo no que se refere à livre concorrência entre seres físicos e jurídicos, mas na hora de se auto-negar, a sociedade escolhe o coletivo... o social.

Um bom exemplo do que digo se refere à família. A família é a instituição número 1 quando o assunto é plantar a ideologia burguesa na cabeça dos "novos homens". Eles apossaram-se totalmente desse modelo. É na família onde aprendemos a ter relacionamentos monogâmicos e passamos a depender deles, é na família que aprendemos que todo homem deve ter uma religião, é na família que compreendemos que a vida é pensar na sua carreira profissional porque ela vai te dar estrutura para constituir mais uma família. Mais uma semente, a roda da vida.

A divisão da sociedade em grupos permite um controle ideológico muito maior da classe dominante sobre a maioria. Por exemplo, o apoio a homossexuais coloca em risco o modelo familiar "moralmente" certo e o apoio a uma vida de solteiro criaria seres muito mais pensantes e crentes em si mesmos, fato não observado na maioria dos relacionamentos amorosos onde existe a dependência psicológica entre as pessoas. A busca do "verdadeiro amor" desvia a atenção do homem junto à realidade. Impede um encontro ao próprio ser e sua força individual. Não seria a força individual colocada numa "livre concorrência", mas uma força individual que pode levar-nos a um verdadeiro esclarecimento da realidade fora de qualquer falsa verdade imposta. Esse esclarecimento pode mudar o modelo de sociedade conhecida no atual período histórico.

A ditadura do casamento, o medo da solidão e do futuro faz com que as pessoas atirem-se cada vez mais rápido em uniões que irão gerar frustrações e sofrimento. Preso a um casamento onde você odeia o seu parceiro(a)... A moral chega no ápice da sua pressão ideológica. Os filhos, a pensão, os medos, a insegurança, os sonhos atropelados são fatores que negam o verdadeiro eu. O ser humano é implacável... o instinto ultrapassa a moral... então o adultério existe e a vida dupla onde as festas já não são mais para casais, mas sim para pessoas de meia idade em crise institucional. A destruição do ser... A negação da família clandestinamente, a forra individual do indignado. Esqueça uma visão além dos seus próprios problemas... esse é o homem atual. O escravo institucional familiar! Caso ele seja feliz e realizado, estará ocupado em juntar um bom fundo de garantia, pagar a escola para os filhos, uma lipoaspiração para a esposa, a reforma da casa... Sem pensar e nem ser!

Claro, não trata-se de um manifesto anti-família ou anti-monogamia, mas por que será que somos assim? Porque queremos mesmo? E você? Tem controle sobre seus próprios hábitos ou teme a "forca social?" O que seu verdadeiro eu te diz?

É o nada... É o beco... E o amor? Onde está?

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei.
Ajudou-me um pouco.

*Você nem vai ver isso msm*

Mas obroigada.

Cya.